"Se de tudo faço poesia, nada me abala. Qualquer dor emocional não passa de rimas para o meu poema."

22 de mar. de 2011

O Amor Ainda Existe?

O sentimento que mais ouvimos falar e que mais conhecemos é o amor. Mas como podemos saber se amamos nossos pais, irmãos ou até mesmo namorados(as)? Como um sentimento tão simples pode ser tão difícil de definir? Estive pensando... Hoje falar e ouvir “eu te amo” se tornou tão fácil que nunca sabemos se é sincero ou não, nem sabemos se realmente amamos a pessoa. Como vamos provar o nosso amor pra pessoa amada sem ter que mencionar o “eu te amo”? Como vamos saber se nós realmente amamos? Como é que o amor de repente ficou tão complexo e confuso? De um tempo pra cá, o amor virou algo de “décimo plano”, tudo é mais importante do que o amor, as pessoas preferem sair “pegando” quem tiver dando mole e assim aumentando seu número de “pegações” cada vez mais. E o amor? Aonde entra nisso? Agora virou moda beijar qualquer um sem sentir algo especial. O primeiro beijo virou uma disputa, “quem vai conseguir dar o primeiro beijo mais rápido?”, não existe mais aquele friozinho na barriga, aquela vergonha de olhar nos olhos do garoto(a) especial. Será que é a extinção do amor? Será que o amor é coisa do século passado? Será que ele será a mais nova peça de museu? Eu quero um amor de verdade, quero saber como é sentir este sentimento mais inspirador para os poetas. Vamos nos valorizar, vamos sentir o coração bater forte a cada beijo apaixonado, vamos amar, vamos dizer “eu te amo” de maneira sincera. Será que conseguiremos voltar a dizer “eu te amo” de maneira sincera e romântica novamente?

Isabelle Maestrini

26 de fev. de 2011

Pierrot

Sou falsa, insensata
É tudo uma farsa
O sorriso virou choro
Preciso de carinho e consolo

Sou um pierrot
Meu nariz apertável está vermelho
O riso é o meu temor
Não quero ver o espelho

Espalho alegrias
Conto piadas
Chamam-me de retardada
Mas minhas mãos são tão geladas

Sinto-me só
Nesse mundo em grupo
Ninguém tem dó
A felicidade é um estupro

Pessoas vivas  já são mortas
Abro a janela, olho através dela
Não tenho preconceitos, não crio cotas
Passo adiante a minha idéia

Isabelle Maestrini

Geração Abortada

Tenho saudades do que não vivi
Eu não me sinto bem
Já nem sei quem é quem
Quero sair daqui...

Desejo beijo  com amor
Justiça sem medo de lutar
Cartas com flor
Não ter dinheiro pra contar

Quem será que vai ganhar um milhão?
Que lindo celular!
Já lançou o novo All Star
Disney! Atrasou o avião...

Quero viver a liberdade
Quero lutar pelos meus direitos
Chega de inúteis vaidades
Respeitem os desrespeitos

Vamos escolher nosso presidente
Temos que ser conscientes
Sim, não tenho religião
 Cansei de fingir gratidão

Pare de se queixar e de contar
Vamos à luta
Se questione, pergunta
Uma nova crítica ideologia quero cantar

Isabelle Maestrini

Algarismo “dez” do número “ zero”

A minha inspiração
Inspira o que eu mais amo
E expira o que há em meu coração
Jogo tudo pelo cano

Idéias vêm e vão
Perdem-se no abismo
Meus amores são em vão
O que resta é só o cinismo

Um sorriso de lado,
Um ar apaixonado,
Nada muda, não está diferente
Tudo se repete, amor repetente

Prometo, juro que não
O jurado levanta a placa,
Jogo-me no chão,
Sinto-me novamente fraca

Desacelero, mas não adianta
Adianto-me e sigo adiante
Fico distante
Mas renasce a planta...

Isabelle Maestrini

Quebre com limites

Liberdade, eu desejo a liberdade
Quero quebrar as correntes
Quero me tornar independente
Enfim, ser feliz de verdade

O cordão umbilical será cortado
Chega de tutela
Quero sair desta cela
Finalmente estar desacompanhado

Será que é preciso alguém
Ficar sempre olhando pra mim
E dizendo o que tenho que fazer, enfim
Agora não existe alguém pro quem

Cansei, sinto-me exausta
Não quero estar acordada
Não quero ser a casta
Não sou mais patrocinada

Liberdade, viva a liberdade
Compre canudos, queime as ervas
Detone sua vida com a vaidade
Mate já as Evas!

Isabelle Maestrini

21 de fev. de 2011

Ainda que

 eu ande pela escuridão, minhas palavras não se silenciarão, meu sorriso não se esconderá, meu medo não se manifestará, pois feliz é aquele que, mesmo em meio a tempestade, continua mantendo vivo seus sonhos surrealistas.

E que tentem dormir meus sonhos, em vão, porém tentem! porque há de nascer ainda, aquele que tem o poder de apagar a luz que existe em mim!










(21/02/2011 às 22:31 - Registro de um diário imaginário do Profeta Porventura)